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Inglorious - II (2017)


Formado por Nathan James (Vocal), Andreas Z Eriksson (Guitarra Solo), Wil Taylor (Guitarra Base), Colin Parkinson (Baixo) e Phil Beaver (Bateria), o Inglorious retorna com seu Hard Rock moderno repleto de influências oitentistas. Lançado no dia 5 de Maio, II vem recebendo diversas críticas positivas, alcançando a primeira posição no ranking de melhores lançamentos do ano, segundo os leitores da revista Classic Rock.
Elaborada pelo fotógrafo Nedim Nazerali e o designer e diretor de arte, Paul Tippett, a capa consegue passar perfeitamente a ideia do que estar por vir no disco. O cenário e a sensualidade da modelo nos provocam uma certa nostalgia das capas de discos dos anos oitenta, porém as cores fazem soar como algo mais moderno.
O disco foi produzido pela própria banda no Parr Street Studios, trazendo uma ótima qualidade sonora retirada dos instrumentos. O álbum se inicia com I Don't Need Your Loving, que possui um riff cheio de pegada, acompanhado dos ótimos vocais de Nathan James (com uma certa influência de David Coverdale em seu jeito de cantar). Em seguida temos a acelerada Take The Blame, com suas guitarras remetendo um pouco à algumas canções do Motörhead. Embora as duas primeiras faixas tenham sido escolhidas como músicas de trabalho (recebendo videoclipe e tal), este autor às considera como as menos empolgantes do disco.
A partir de Tell Me Why, o disco começa a ter uma melhora significativa graças ao seu refrão grudento. Na ótima Read All About It, podemos notar claras influências de Kiss e Guns N' Roses em seu riff, seguindo para a razoável Change Is Coming, que não é ruim mas também não é muito atrativa. A calmaria reina na ótima balada Make Me Pain para voltar com tudo na pesadíssima Hell Or High Water (uma das melhores do disco). No Good For You e I Got a Feeling são mais duas faixas com refrãos que grudam na cabeça, sendo o da segunda bastante semelhante aos do Van Halen.
Dentre as ultimas do disco, temos o compasso blueseiro com muito peso e melodia de Black Magic, a pegada country nos violões de Faraway e, a pesada e um tanto obscura, High Class Woman.
II está longe de ser um disco inovador e revolucionário, porém sua audição é um tanto divertida. Certamente o disco cumpre bem sua proposta, que é trazer um Hard Rock repleto de influências com a abordagem da própria banda. Se você aprecia o gênero e procura algo mais moderno, Inglorious é uma boa indicação.

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